Escrita indefinida


© Stelios Papadopoulos



Essas, as palavras quando o silêncio era 
a palavra, o mar que bebia o cais à sombra das sílabas 
 e ancorava prenhe de sentidos. Abrir a porta às águas, 

partir, sentir, parar

               a memória para a escrita indefinida, 
  memento que acontece sem pensar e suspende a eterna 

   distância na hora que regressa. Partir quando se liberta 
a âncora junto à brisa das árvores, o ouvido ávido 

de luz - naufragas em

  palavras, ao gosto da gente simples, leve é a dor 
     e adormece quando o manso abismo te abre o infinito 





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