Pendulum
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A nuvem invoca a
noite prematura
esse enigma
em sombra, um horizonte
de luz
- um mergulho
em rastro atravessa a
pedra
as sirenes ensaiam
no cais uma
tatuagem remota do universo
Os pássaros vaticinam a
súbita queda de árvores
estrada onde os sinais
de certa geometria incerta
desenham no chão a estrada do labirinto de asas:
peregrinação aos
lugares do inferno alado
em que
as frágeis asas são o
adubo que alimenta a carne
a janela em vertigem
o ar das portas sublima as vozes
e afina o ritmo. De terra
em terra, cada cara replica a planta efémera
um pêndulo que respira
o inefável voo das sirenes
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