Ideário insone
Com um livro in mano - vejo
a terra
quase e quase nada
quase tudo, quase todos e ninguém -
uma
rota mal calculada, um hálito de
algumas casas -
e as estradas
em vastos cenários.. Jaz na mesa um
trágico cometa
em repetição até ao vómito: deixem-me as
horas,
os corpos duplicados, a luz insone -
replicando cada e igual
esquina. - Ah, ter o livro, o livro, a
mente lisa,
o lençol branco como um véu sem nuvens
tanto como a parede lisa com odor opaco,
a extinta vontade e sempre afiada,
feita e rarefeita. O estigma escarlate
dessas estrelas
pedras rectas na varandas, erectas contra as cinzas:
pedras rectas na varandas, erectas contra as cinzas:
só aqui agora, aprende a ter um nome assassino
um nome,
um linha austera entre a demência e o
riso,
em fronteira
com a tua fronteira onde
o jogo canino produz igual rotina
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