Autores & Cios
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Saúdo-te dia incolor, e puro tão puro como
uma fábrica
de cristais impuros, tracejado de plástico
em retratos,
orelha
murcha caída
em cima da almofada,
saúdo-te porque és sempre igual em cada
sítio final.
A chave, onde está a chave?
E a
doida aragem do destino?
o corpo tem a lembrança excêntrica de
um corpo,
digamos, de outro
corpo, mas qual outro? A questão da abissal
agonia do sentido:
aonde
regressar?
Alguém passeia o cão transgénero
e a cadela entra em
caudal
-cio, turbilhão de loucas maratonas,
- folhas loucas e
doce meteorologia:
somente a contínua continuação reedita
a ficção em utopia
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