Branco ou tinto
e todo
diferente,
todo primevo, outro, mas que outro -
noves fora nada
de mim mesmo, e regressemos
a portos sem
partidas.
Que tédio! A comichão dos dias
em redor das cabeças,
as cabeças atadas em gaze sem limite
e
já cheira a guisado de universos,
a caldinho de
estrelas - anãs,
gigantes ou para todo gosto -
toda medida
é cantoria,
desafinada em harmonia, no cabaré onde
se dança a bruta politesse da
música das
esferas. Calo-me finalmente, aceito
quando cai a tarde.
Que todos os silêncios calem
esse silêncio - que
não há pulmões que aguentem - verbo
de encher que não teima em se perder.
Vertigens, ambientes tóxicos, oxigénios,
a todos levo diariamente pela trela:
quem disse que isto acabaria, falar
ademais seria. A vida...branco ou
tinto, é o mesmo - a simples
bebida de um cliente
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