Jogos mentais

por Luísa Vinuesa

Perdeu-se o poeta em dramaturgias

de uma editora e de um açougueiro,

um hesíodoco poema traz em mãos,

será sua pertença? Vê bem que não!

Sociopatiza-me ó engenhoso editor,

doces conventuais, disse ele - edita!

Acrobacias, paraquedistas nomeaste,

cavalgaste à sombra de evangelistas.

O poeta com a mesa posta, escrevia

Cervantes SA e ilimitada companhia,

o poeta negro, Maldoror, desalmava

o choro na garganta funda do editor.

Estetas? Parapoetas? Peripatéticos?

Patetas! Sociopatiza ma non troppo.

Outros poemas

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por Luísa Vinuesa

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por Luísa Vinuesa

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por Luísa Vinuesa

© Chris Maher Austeras as veredas do mar que observam os marinheiros salgados, as cordas, as redes os remos - estilhaços do louro fogo da praia, a corpos de ouro e prata, alquimistas de agora. No desassossego de trapos reinvento as noites, altíssima virgem - rainha da insónia a tocata e fuga de uma vida equivocada - o rio dorme as asas, as árvores, os ventos reclamam o branco nome de um barco, tudo o que se diz número e mensurável, tudo o que viaja as margens, os portos, a sublime sedução de caras que desdobram a palavra: escrevo o que posso - já não creio. Copyright © Luísa Vinuesa . Todos os Direitos Reservados

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