Eclipse da memória


© Masao Yamamoto



O carrocel do tempo floresce, 
                                    pontifica em salas 
simétricas
 de espelhos. A enorme máquina entranha o sagaz 
veneno 

no fundo de chávenas, em fenómenos e essências, 
e na redução

da consciência ao nada. Vadiar até onde 
                      vão as lágrimas com

   o sangue que as abraça ao ritmo de fragmentos 
de uma hora
crucificada no quotidiano da secretária - 

                            inútil é o eclipse 
da memória - 
        haverá no espelho o  regresso à sua imagem






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