Eclipse da memória
O carrocel do tempo floresce,
pontifica em salas
simétricas
de espelhos. A enorme máquina entranha o sagaz
veneno
no fundo de chávenas, em fenómenos e essências,
e na
redução
da consciência ao nada. Vadiar até onde
vão as
lágrimas com
o sangue que as abraça ao ritmo de fragmentos
de uma hora
crucificada no quotidiano da secretária -
inútil é
o eclipse
da memória -
da memória -
haverá no espelho o regresso à sua imagem
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