Ofício de água


© Bill Brandt



Há uma névoa, pesa sobre o rosto. Ofício de água,
há um segredo no teclado, três mãos, e a varanda 

inclinada na muralha. No espelho as gotas caem à 
sombra da boca, desenho inacabado em voo aceso 

de casas, regresso à testa indecifrável. A noite e o 
riso visitam as pálpebras, cabra cega dos ventos à 

margem da distância. 

O espaço e o tempo é o mesmo busto 
de uma planta: silhueta, estrada, 
         roteiro de água





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