Pacto viral
memória contratada na memória,
silêncio filho incógnito da história,
silêncio filho incógnito da história,
não é tempo é testamento,
o puro sangue urge à entrada da boca
o puro sangue urge à entrada da boca
e estremece - a mão que se obriga
a outras mãos. Hoje, essa mesma mão que obriga
ao testamento. Silêncio!
Agora que o tempo é tão somente a parcela
de
um filme apócrifo, dormente.
Aqui. nada de pressas -
diz temporalmente – entre silêncio e som
diz temporalmente – entre silêncio e som
que entontece, repouso no livro que se acama
aberto entre dentes. Vai como se nunca foste
à porta da boca respirar a donzela, a mulher,
a fêmea, a deusa - animal vibrátil que entretece
o filtro puro e mágico do tempo
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