Scriptorium
Viagens sem tempo,
animais do tempo,
as imagens urdem a indelével teia do
desejo rente ao desespero de barcos a
envelhecer em terra.
Amanhece a beleza em contemplação
do tempo e seus apeadeiros inquietam
do tempo e seus apeadeiros inquietam
a palavra da poesia,
desbocam o corpo em fumo de quimera,
desbocam o corpo em fumo de quimera,
os dias rastejam infinitas léguas,
e buscam a pureza -
trens velozes visitam
o som dessa bebida, partem, regressam
ao longo das linhas da
morte em alvoroço pela vida.
morte em alvoroço pela vida.
As mesmas figuras sangram no poema,
leves e ousadas, bebem o parco líquido
de ferro, avivam a cor de cada sílaba em
habitante de outra moradia.
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