O tempo eleito
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Na paisagem há fogos de memória,
o
corpo em passos lentos,
repousa as garras de outrora -
repousa as garras de outrora -
o
promontório do desejo sopra em conchas
o silêncio à tua
beira. É inverno
no seio das terras, a água hiberna no grito
louco
das aves, há notícia de um planeta
a fabricar
vinho solto nas veias - antes que no campo
haja colheita, há as festas no rigor da semente.
Silhuetas em fogo, memórias de feitiço ainda:
a estação tem um largo apeadeiro - pontes sobre
a dor que não
tem pontes.
Da vasta janela que te guarda, ainda com a mão
Da vasta janela que te guarda, ainda com a mão
parada tocas as horas que te faltam - soltas em
ti
o tempo eleito
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