Arquivo morto
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Dois poemas para ouvir dentro de si
sete em bordado a tinta fina, assim é
o tamanho de um
dedo sobre a cara - uma cidade que
dedo sobre a cara - uma cidade que
persiste em
sede crua. Sonha-se a si mesma e ao
sede crua. Sonha-se a si mesma e ao
presente, dois reflexos lutando em águas
turvas: o barco de papel vai
borda fora, sonha a longa, e lenta
que transborda - o sol submisso a si
que transborda - o sol submisso a si
em fuga absorta. É verde a mão que planta
a folha em adereço dedilhado sobre a coroa:
as árvores fogem, os ramos voláteis,
cabelos de vento que
adivinham cada instante que retesa o peito.
Afina-se a corda dos silêncios
Afina-se a corda dos silêncios
e os poemas estão dentro de si,
palavra errante - doce companhia,
o uivo de outra gente - ainda.
o uivo de outra gente - ainda.
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