Sic et simpliciter
© Ralph Gibson |
Sê sensato, dizem-te em cada dia, segue pela porta
que adivinha a semente empobrecida do momento
que gemendo feiticeiras são as vozes do caminho:
Regressa!
Tal a viagem de ti mesmo, a rendição do
labirinto
às suas curvas,
o enigma da moira e já: Silêncio!
Que se
cale
toda a eternidade,
tantos dados lançados, tanta nuvem sanguínea,
um dilúvio visceral e contínuo, das alturas
até ao
espesso sulco dos sentidos.
Pregos no húmus, uma estrela, um
emblema mortal
quebra o selo da vida - tanto é o mundo quanto
existe
e a necessidade, a mãe louca dos necessitados - a tua
escolha - cruas mercadorias de um deus:
O teu enigma. Sólido, silencioso,
solitário,
talvez alguma coisa que bastasse.
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