Contra a mão
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Havia esse sonho no chão da terra -
a
ópera novelesca
essa luz alterada - verde - forma
extenuada
e eu,
brincando em contramão com o mesmo eu
e todas as palavras possíveis em desvarios
de paisagem, feiticeiros sofismas:
eu, - que já não sei assobiar o sol perene,
essa claridade
publicava vertigens em todo ser, em
cada astro
filosofias primitivas, infindáveis
para o som dos homens:
novas carnes, novas fórmulas, novas
falas,
invenção suprema em laboratório
impensáveis, ratos presos
galopando a montanha russa, ou o simples
farsantes em fantasmagorias de criança,
e ensaios
de hipocrisia: sono no chão da praia,
o circo bufo rege a sinfonia
entre destinos e acaso
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