Branco ou tinto

© Benoit Courti Que seja outro, e esse outro o mesmo e todo diferente, todo primevo, outro, mas que outro - noves fora nada de mim mesmo, e regressemos a portos sem partidas. Que tédio! A comichão dos dias em redor das cabeças, as cabeças atadas em gaze sem limite e já cheira a guisado de universos, a caldinho de estrelas - anãs, gigantes ou para todo gosto - toda medida é cantoria, desafinada em harmonia, no cabaré onde se dança a bruta politesse da música das esferas. Calo-me finalmente, aceito quando cai a tarde. Que todos os silêncios calem esse silêncio - que não há pulmões que aguentem - verbo de encher que não teima em se perder. Vertigens, ambientes tóxicos, ox...